Legisladores pedem à Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) que investigue o Google por pressionar aplicativos que supostamente violam a lei de privacidade infantil.
A loja de aplicativos da gigante de buscas se envolve em práticas que "enganam os pais e prejudicam as crianças", dizem os legisladores.
Legisladores democratas pediram na quarta-feira à Comissão de Comércio dos EUA (FTC) que investigue o Google por aplicativos de marketing em sua Play Store que supostamente violam uma lei federal de privacidade infantil.
Em uma carta enviada pelo senador Ed Markey, de Massachusetts, e pela representante Kathy Castor, da Florida, os legisladores miram em um programa do Google chamado Designed for Families (DFF), que "empurra" aplicativos que a empresa diz estar em conformidade com a COPPA. A COPPA, também conhecida como Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças, restringe que os operadores de sites e serviços on-line coletem informações pessoais de usuários menores de 13 anos sem a permissão dos responsáveis.
Mas os legisladores citam uma pesquisa feita em 31 de março de 2021 por organizações sem fins lucrativos de defesa das crianças, que examinaram mais de 150 aplicativos que fazem parte do programa e descobriram que quase metade deles compartilha dados de usuários com partes externas.
"A FTC deve usar
toda sua autoridade para proteger os interesses das crianças, muitas das quais
estão cada vez mais online durante a pandemia do
coronavírus", diz a carta. "Portanto, pedimos que você
investigue se a Google Play Store se envolveu em práticas injustas e enganosas
que enganam os pais e prejudicam as crianças."
O Google não
respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A carta vem à medida
que as grandes empresas de tecnologia estão cada vez mais supervisionadas em relação à
segurança das crianças em suas plataformas. Em uma audiência no mês passado com CEOs do Facebook, Google e Twitter, os líderes
de tecnologia foram derrotados por democratas e republicanos que acusaram as
empresas de explorar crianças para ganhar dinheiro.
O Google recebeu
retaliação no passado por seu tratamento de crianças em seus serviços. Há dois
anos, a FTC multou a empresa
com uma multa recorde de US$ 170 milhões, bem como novos requisitos,
por violação da COPPA pelo YouTube. Em resposta, o site de vídeo fez grandes
mudanças na forma como trata os vídeos para crianças, incluindo limitar os dados
coletados dessas visualizações.
A carta também mostra uma proposta feita por Kathy Castor, para a segurança das crianças usuárias da empresa Google. Em setembro, ela apresentou o Kids Internet Design and Safety, ou KIDS, Act, na Casa. O projeto de lei proíbe sessões de "reprodução automática" em sites e aplicativos voltados para crianças e adolescentes. A legislação também proíbe alertas direcionados a crianças e proíbe as plataformas de recomendar ou amplificar determinado conteúdo envolvendo material sexual, violento ou outro adulto, incluindo os de jogos de azar, " conteúdos perigosos, abusivos, exploradores ou totalmente comerciais".
Veja a reportagem na íntegra realizada pela Cnet no link: Lawmakers urge FTC to probe Google for pushing apps that allegedly violate child privacy law (cnet.com)
Reportagem trazida pela aluna Gabriela Soares, aluna Fatec.
Parabéns pela postagem! é muito importante saber de empresas que colocam a privacidade dos usuários em risco.
ResponderExcluirObrigada por ter trazido essa reportagem! A tecnologia, apesar de facilitadora, também apresenta diversas falhas e permitir vazamento de informações, como exposto na postagem, é bastante perigoso!
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